UM POUCO DE HISTÓRIA DAS TECNOLOGIAS DE INVERSORES

 As instalações fotovoltaicas passaram a ser mais conhecidas após a publicação da resolução da ANEEL 482 em 2012, ano em que possibilitou a conexão da usina fotovoltaica (micro ou minigeração) à rede da concessionária de energia e assim realizar um acordo operacional para realizar a “troca” de créditos de energia entre consumidor e as distribuidoras de energia elétrica. No cenário mundial, as tecnologias para sistemas conectados à rede, denominados no Brasil “on-grid”, já estavam bastante avançadas em virtude de já ser permitida a conexão da usina e a compensação da energia gerada e consumida.

Até a decáda de 90, os inversores com a tecnologia tradicional formada por “strings” (conjuntos) de módulos fotovoltaicos com elevadas tensões eram predominantes, até surgir uma nova tecnologia incorporada a um microinversor denominado MLPE – Module-Level Power Electronics – que significa eletrônica de potência à nível de módulo. Nos EUA, por exemplo, a tecnologia MLPE elevou sua representatividade para 40% das instalações, que apesar de apresentar mais eficiência na produção, monitoramento módulo a módulo e menores custos de manutenção e segurança dos instaladores, ainda apresenta custos mais elevados. Já no Brasil, 90% dos sistemas FV possuem a tecnologia “String”.

Mas afinal, o que é MLPE?

É um segmento conhecido como Module Level Power Electronics, ou MLPE. As tecnologias de microinversores e otimizadores de potência fazem parte desse mercado.

Basicamente esses equipamentos têm uma eficiência maior do sistema, possuem condições de segurança mais efetivas que os inversores tradicionais, modularidade de instalação, baixa manutenção e maior garantia.

A tecnologia MLPE vem sido aprimorada, ao longo dos anos, melhorando o custo benefício para o cliente final, trazendo mais facilidades na instalação, segurança e menor custo. Em 2006 a empresa Solar Edge foi pioneira trazendo ao mercado mundial a nova tecnologia com o benefício da eletrônica de potência à nível de módulo dos “microinversores” e ainda mantendo um inversor central para realizar a conversão CC-CA´, porém em extra-baixa tensão ou tensão de segurança. Neste caso, se reduz o número de inversores (micros), inserindo um novo “ator” dentro do cenário, o otimizador de potência. Estes são instalados junto aos módulos com objetivo de buscar eletronicamente o ponto de máxima potência para o sistema- MPPT e reduzir as tensão das strings evitando arcos elétricos e riscos de incêndio.

As 03 tecnologias utilizadas no mercado mundial (String, microinversor e Solar Edge) possuem suas aplicações específicas e devem ser analisadas em cada projeto, buscando melhor custo-benefício para o cliente.

Veja o vídeo abaixo sobre as 03 tecnologias: